Université de Genève - Faculté de psychologie et des sciences de l'éducation - Sciences de l'éducation


 

 Philippe Perrenoud
Os Ciclos de Aprendizagem.
Um caminho para combater o fracasso escolar

Porto Alegre : Artmed Editora
2004


Obra originalmente publicada sob o título
Les cycles d'apprentissage. Une autre organisation du travail pour combattre l'échec scolaire
Sainte-Foy : Presses de l'Université du Québec, 2002.

Os ciclos de aprendizagem plurianuais estão sendo discutidos em inûmeros sistemas educacionais no mundo. A idéia de base é simples : substituir as etapas anuais de progressão por etapas de ao menos dois anos ; fixar objetivos de aprendizagem para cada ciclo e capacitar os professores para orientar e facilitar os percursos de formaçao das crianças, como já fazem durante o ano letivo.

Mas por que alterar pro fundamente a organização do trabalho escolar ? Philippe Perrenoud explicita com consistência e clareza os fundamentos pedagógicos dessa inovação estrutural e os passos necessários para colocá-la em prática, afirmando que esse é o caminho para tornar a escola mais justa e eficaz.

Esta obra também conta com a valiosa contribuiçao de Elba Siqueira de Sa Barreto e Eleny Mitrulis, professoras da Faculdade de Educação da USP, que contextualizam essa proposta na realidade brasileira, descrevendo sua trajetória e desafios.

 

Sumário

Prefácio - Roger Deslile, Ginette Brisebois e Louise Lafortune

Introdução

1. Um conceito definido muito diversamente

O fim da reprovação
O fim dos degraus anuais

2. Novos espaços-tempos de formação

Um meio de ensinar melhor
Objetivos de final de ciclo
Dispositivos de pedagogia diferenciada
Padronizar a duração de permanência em um ciclo
Repensar os métodos de aprendizagem
Uma autonomia profissional apoiada pelo sistema
Confiar um ciclo de aprendizagem a uma equipe pedagógica
Uma formaçâo e um apoio institucional
Um processo negociado de inovação
O objetivo e o risco

3. Très condiçôes para aprender

Situações não-ameaçadoras
Situações mobilizadoras
Situações sob medida

4. Ciclos curtos ou ciclos longos: uma escolha estratégica

A tentaçao dos ciclos curtos
Passar de um programa a objetivos
Diferenciar melhor
Desenvolver a cooperação entre professores
Favorecer a prática reflexiva do ofíício
A arte da reforma que não muda quase nada
 

5. O papel decisivo dos objetivos de final de ciclo

Um programa formulado em termos de objetivos : mudança de vocabulário ou revolução didática ?
Objetivos sim, mas de que tipo ?
O justo nível de correspondência entre objetivos e conteúdos do trabalho cotidiano
As finalidades, um canteiro de obras aberto

6. Objetivos comuns e percursos individualizados

Individualizar o tempo, uma soluçào tentadora, mas impraticável
Redimensionar os objetivos

7. Individualização dos percursos e diferenciação dos atendimentos

A individualização dos percursos como simples conseqüência
Dispositivos razoavelmente flexíveis
Recursos raros : a quem dar a prioridade ?

8. As très funçôes da avaliaçao em uma escolaridade organizada em ciclos

A regulação das aprendizagens e dos percursos
Avaliação certificativa : uma obsessão prematura
Avaliar as possibilidade de aprendizagem de um aluno : um desafio desde a escola de ensino fundamental

9. Informar os pais

O direito de saber
Não é informando os pais que se regulam as aprendizagens dos alunos !
Uma via-crúcis
Síntese periódica e interlocuções
O desafio : saber realmente mais do que os pais
 

10. Administrar um ciclo de aprendizagem em equipe

A ação coletiva, garantia de uma eficácia maior
Dispositivos mais flexíveis e mais diversificados
Vários olhares sobre os alunos
Idéias mais aprimoradas
Uma visão comum dos objetivos e do acompanhamento dos alunos

11. Pode-se imaginar uma verdadeira responsabilidade coletiva por um ciclo de aprendizagem ?

O individualismo é muito resistente
Apelar para a imaginação jurídica
" Seja realista: peça o impossível "
 

12. A organização do trabalho em um ciclo

Concepção e papel dos grupos de base e dos outros grupos
Sistema de distribuição ótima dos alunos
Equidade na divisão do trabalho entre professores
 

Conclusão


13. Trajetórias e desafios dos ciclos escolares no Brasil - Elba Siqueira de Sa Barreto e E!eny Mitrulis

O movimento dos anos de 1950
Iniciativa das décadas de 1960 e 1970
Os ciclos de alfabetização na transição democrática
O bloco único no Rio de Janeiro
Os ciclos nas respostas político-pedagógicas autodenominadas radicais
O Panorama atual das escolas sob o regime de ciclos
As propostas em curso nos estados de São Paulo e Ceara
O Ponto de vista dos intelectuais contemporâneos
A versão dos professores, pais e alunos

Considerações finais

Referências bibliográficas

 
Livros e artigos de Philippe Perrenoud em português  



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